quinta-feira, 12 de junho de 2008

Crise do petróleo


A crise do petróleo aconteceu em seis fases, todas depois da Segunda Guerra Mundial provocada pelo embargo dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e Golfo Pérsico de distribuição de petróleo para os Estados Unidos e países da Europa.
A região petrolífera do Golfo Pérsico foi descoberta em 1908 no Irã, a partir daí, toda a região começou a ser visada estrategicamente e explorada. Em 1960, na cidade de Bagdá, os cinco principais produtores de petróleo (Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kwait e Venezuela) fundaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo. A criação da OPEP foi uma forma de reivindicar perante uma política de achatamento de preços praticada pelo cartel das grandes empresas petroleiras ocidentais – as chamadas "sete irmãs" (Standard Oil, Royal Dutch Shell, Mobil, Gulf, BP e Standard Oil da California).
Os três objetivos da OPEP, definidos pela organização na conferência de Caracas em 1961, eram: aumentar a receita dos países-membros, a fim de promover o desenvolvimento; assegurar um aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, ocupando o espaço das multinacionais; e unificar as políticas de produção. A OPEP aumentou os royalties pagos pelas transnacionais, alterando a base de cálculo, e as onerou com um imposto.
A crise do petróleo foi desencadeada num contexto de déficit de oferta, com o início do processo de nacionalizações e de uma série de conflitos envolvendo os produtores árabes da OPEP, como a guerra dos Seis Dias (1967), a guerra do Yom Kipur (1973), a revolução islâmica no Irã (1979) e a guerra Irã-Iraque (a partir de 1980). Os preços do barril de petróleo atingiram preços altíssimos, chegando a aumentar até 400% em cinco meses (17/10/1973 – 18/3/1974)[1], o que provocou grande recessão nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizou a economia ao redor do mundo.
[editar] Fases da crise
• A primeira fase ocorreu em 1956 depois que o presidente do Egito na época Gamal Nasser entregou o Canal de Suez para uma empresa Anglo-Francesa, o canal é uma importante passagem para exportação de produtos da região para países ocidentais, devido ao fato, os países árabes boicotaram a distribuição de petróleo.
• A segunda fase aconteceu em 1973 em contra-partida ao apoio dos Estados Unidos dado à Israel em relação à ocupação de territórios Palestinos durante a Guerra do Yom Kippur e por causa disso países árabes organizados na OPEP, decidiram aumentar o preço do petróleo em mais de 300%.
• A terceira fase, ocorreu durante a crise política no Irã e a conseqüente deposição de Xá Reza Pahlevi o que desorganizou todo o setor de produção no Irã, onde os preços aumentaram em mais de 1000%.
• A quarta fase foi a Guerra do Golfo em 1991, depois que o Iraque governado por Saddam Hussein invadiu o país vizinho Kuwait, um dos maiores produtores de petróleo do mundo e o maior distribuidor dos Estados Unidos. Com a intervenção da ONU em apoiar a desocupação do Kuwait, os iraquianos desocuparam o Kuwait contudo, incendiaram todos os poços de petróleo do emirado provocando uma enorme crise econômica e ecológica.
[editar] Maiores produtores
A produção anual do mundo atinge a 24 bilhões de barris, consome-se 23 bilhões e 1 bilhão ficam em depositos. As reservas existentes no mundo são calculadas em aproximadamente 1 trilhão de barris de petróleo, 67% se encontram no Oriente Médio. Somente os membros da OPEP produzem 27,13%.

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